Os alunos foram informados sobre o que consiste esta prática, dos perigos que dela decorrem e de quais os países onde ainda se pratica, apesar de já ter sido ilegalizada em grande parte deles.
A Mutilação Genital Feminina (MGF) é a remoção de parte ou de todos os órgãos sexuais externos femininos. É geralmente executada, de forma ritual, com uma faca que passa de mãe para filha, geralmente sem anestesia. A idade em que é realizada varia, entre alguns dias a seguir ao nascimento e a puberdade. Em metade dos países com dados disponíveis, a maior parte das raparigas é mutilada antes dos 5 anos de idade.
Os procedimentos diferem com o grupo étnico. Incluem a remoção do clitóris e, nos casos mais graves, ocorre também a remoção dos grandes e pequenos lábios e o encerramento da vulva. Neste último procedimento, denominado infibulação, é deixado um pequeno orifício para a passagem da urina, da menstruação e a vagina é aberta para relações sexuais e parto.
Esta prática, que visa controlar a sexualidade da mulher, é geralmente executada por mulheres, também elas mutiladas, que a vêem como motivo de honra e receiam que a sua não realização exponha as suas filhas e netas à exclusão social.
A mutilação genital feminina acarreta graves consequências para a saúde. Provoca infeções recorrentes, dor crónica, dificuldade em urinar, quistos, infertilidade ou dificuldade em engravidar, complicações durante o parto.
As origens da MGF são desconhecidas, mas supõe-se que teve origem no Egipto. A primeira referência a esta prática surge em escritos do geógrafo e historiador grego Estrabão, que visitou o Egipto no ano 25 a.C.
Atualmente esta prática ocorre em 29 países, nomeadamente, na Eritreia, Somália, Sudão, Egipto, Indonésia, Etiópia, Iémen, Curdistão Iraquiano e na Guiné Bissau.
www.apav.pt
👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
ResponderEliminar